Melhores sabores de licor

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As festas Juninas estão se aproximando e com ela vem todos os costumes nordestinos onde não podem faltar algumas coisas como uma boa fogueira, um amendoim, milho cozido e assado, e é claro um bom licor para esquentar o frio do mês de Junho. E aí vem aquela duvida que licor comprar, afinal são tantos sabores que até nos confundimos.
Licor é uma bebida alcoólica doce, geralmente misturada com frutas, ervas, temperos, flores, sementes, raízes, cascas de árvores ou ainda cremes. O termo vem do latim liquifacere, liquefazer, dissolver. Isto se refere às misturas que se empregam na fabricação da bebida. Os licores não costumam ser envelhecidos por muito tempo, mas podem ficar algum tempo descansando até que atinjam o sabor ideal.
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O licor é uma verdadeira tradição do São João, é muito difícil você ir à casa de alguém nesta época e a pessoa não lhe oferecer um licorzinho, mas tenha cuidado para não embebedar, afinal ele é uma bebida doce e você nem percebe o teor de álcool que contem. Estes podem ser cremosos ou simples, mas todos são uma delicia.
Vamos então aos melhores sabores de licor:

•    Jenipapo, o mais tradicional de todos.
•    Abacaxi
•    Chocolate
•    Cupuaçu
•    Umbu
•    Cajá
•    Maracujá
•    Uva passas
•    Menta
•    Café
•    Coco
•    Pêssego
•    Laranja
•    Abacaxi com hortelã
•    Maçã
•    Ameixa
•    Etc.


Estes aqui são só alguns sabores, na verdade os mais comuns, que você pode encontrar com mais facilidade, mas existem muitos outros.
Para estar adquirindo licor, você pode comprar pela internet, pois muitos sites trabalham com este produto. O site do Mercado Livre você encontra uma variedade de sabores e também de preços de licor, assim você pode estar escolhendo de acordo com seu gosto.


Alguns licores que estão disponíveis no Mercado Livre são vendidos em São Paulo, os preços do licor variam de R$ 20,70 até R$28,00.

Além de você comprar pela internet, pode estar comprando em supermercados, delicatessen, padarias e através de encomendas caseiras. Lembrando que os preços e sabores variam de região para região.

Escolha qual os tipos de licor mais apetitoso para compor a mesa do seu São João. Não esqueça de que estão no Nordeste os  mais saborosos. Isso porque nesta região há os licores que são produzidos artesanamente e sem muita intervenção química, o que torna tudo ainda muito mais gostoso.
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E para que você saiba mais sobre esta bebida vão aqui algumas dicas de licores para você saber diferenciar os licores em relação ao teor de álcool, e de açúcar.
Os licores suaves, por exemplo, são os que possuem baixo teor alcoólico. Quanto ao nível de açúcar, pode ser:


Seco: de 30 a 100 gramas por litro.
Fino ou doce: de 100 a 350 gramas por litro.
Creme: acima de 350 gramas por litro.
Cristalizado ou Escarchado: Supersaturado de açúcar que parcialmente se cristaliza.

Licores diversos

 Licores são feitos em vasilhame cristal, vidro ou
louça. Os licores claros serão feitos com açúcar
refinado. Empregue frutas em perfeito estado de
conservação. Use sempre aguardente pura, na falta da
mesma usar álcool. As rolhas deverão ser novas e
esterilizadas antes do uso. Um tempo longo de maturação
ou envelhecimento do licor é fundamental para ele
adquirir o seu aroma e sabor particularmente fino e
requintado. Assim, quanto mais velho, tenha certeza,
melhor será o seu licor. Por isso, a maioria dos
licores deve ser consumida pelo menos 3 meses de
envelhecimento natural. Colheres de pau são as mais
indicadas, pois não entram em reação com as
substâncias, nem transmitem odores ou sabores
estranhos. Não utilize nenhum recipiente sem antes
lavá-los com água fervente. Também os panos usados na
filtragem, muito cuidado na higiene para evitar a
fermentação coloque sempre data para saber quando
deverá usá-los. Misture sempre a infusão com a calda
fria e afastado do fogo. Para vedar bem os licores,
derreta parafina em banho-maria e mergulhe
só a boca do vidro. Após a vedação, gosto de cobrir a
boca do vidro com um pedaço de saco de estopa (quadrado
desfiado as pontas), amarrando-o com o próprio cordão
do saco para decorar. Fica muito interessante!


1. Licor de Caju

- 1/2 L de suco de caju
- 20 ml de suco de limão
- 1 L de aguardente
- 1 L de água
- 1 Kg de açúcar

Coloque em maceração na aguardente o suco de caju e o
suco de limão por 3 dias. Filtre, faça uma calda
(xarope) de açúcar e água. Depois de fria, adicione ao
líquido macerado, filtre, engarrafe e deixe envelhecer
por 5 meses.

Xarope: nada mais é do que o resultado da mistura do
açúcar com a água. Colocar o açúcar na água até a sua
dissolução completa. Depois, é levado ao fogo sem mexer
até formar uma calda grossa. Quando começar a ferver,
conte 20 minutos.

Dica: não deve mexer o açúcar quando estiver fervendo
para evitar que se açucare.

2. Licor de Abacaxi

- 2 abacaxis
- 2 copos aguardente
- 2 Kg açúcar
- 2 copos água

Escolha abacaxis médios e maduros. Corte-os em pedaços,
retirando os nós. Coloque-os numa panela com água e
deixe no fogo até ferver (no ponto de poder espremer).
Junte o açúcar e mexa com uma colher de pau. Leve
novamente ao fogo até a mistura engrossar. Depois de
frio acrescente a aguardente, misturando muito bem com
a colher de pau, filtre o licor, engarrafe e tampe
muito bem.

3. Licor de Ameixa

- 1/2 Kg de ameixas
- 1 Kg de açúcar
- 12 xícaras de chá de água
- 1 L de aguardente
- 2 xícaras de chá de conhaque

Deixe as ameixas de molho na água em uma vasilha de
louça ou vidro. No dia seguinte, leve ao fogo em uma
panela de ágata para ferver bastante, coe e apure 6
vezes do caldo. Acrescente o açúcar e leve novamente ao
fogo, até começar a ferver. Retire do fogo, deixe
esfriar, coloque a aguardente lentamente e em seguida o
conhaque. Mexa muito bem com colher de pau. Filtre,
engarrafe e feche muito bem. Deixe envelhecer cerca de
4 meses.

4. Licor de Bananas

- 1/2 Kg de bananas
- 1/2 Kg de açúcar
- 1 L de aguardente
- 1 L de água
- paus de canela
- 4 cravos da índia

Esmague bem as bananas e coloque num frasco de vidro
com a aguardente, a canela e os cravos. Tampe muito bem
e deixe em maceração durante 15 dias. Filtre. Faça uma
calda com o açúcar e a água e, quando estiver frio,
adicione ao líquido macerado. Engarrafe e deixe
envelhecer por 6 meses.

5. Licor de Cereja

- 1 Kg de cerejas
- 1 L de aguardente
- suco de 1/2 limão
- 1,2 L de xarope de açúcar (receita básica)

Lave muito bem as cerejas, descasque-as e passe a polpa
na peneira. Coloque num recipiente de vidro, acrescente
o xarope e o suco de limão. Misture bem com colher de
pau e deixe descansar por uma noite. Coe e junte a
aguardente. Guarde em um recipiente hermeticamente
fechado durante 15 dias, agitando a cada dia. Após esse
período filtre, engarrafe e deixe envelhecer no mínimo
6 meses.

6. Licor de Jenipapo

- 5 jenipapos
- 1 L de aguardente
- 700 ml de xarope de açúcar
- 1 colher de chá de baunilha triturada

Descasque e corte os jenipapos, tire as sementes,
coloque a baunilha. Num recipiente de vidro, coloque
esta mistura e acrescente a aguardente. Deixe de 3 a 5
dias para macerar. Passado esse tempo, filtre,
acrescente o xarope e coloque num recipiente para
descansar de um dia para outro. Sem movimentar o
recipiente (para evitar que o depósito formado no fundo
se misture com o líquido novamente), retire o líquido,
engarrafe, feche hermeticamente. Deixe descansar por 3
meses.


7. Licor de Pêssego

- 1 Kg de pêssegos
- 1 L de aguardente
- 800 gr de açúcar
- 300 ml de água

Escolha os pêssegos de ótima aparência, maduros, no
ponto. Lave-os muito bem e seque-os. Retire os caroços
e coloque as polpas em um vidro grande. Misture a
aguardente e feche muito bem. Deixe em maceração por 8
dias. Após esse período, retire as polpas e acrescente
o açúcar com a água. Tampe o vidro novamente. Para
dissolver o açúcar completamente, agite o frasco várias
vezes por dia. Após 24 h filtre e engarrafe. Vede com
parafina derretida em volta da rolha. Espere no mínimo
6 meses para saborear esse delicioso licor.
Veja também

Licor de Tangerina (inteira)

Ingredientes:
8 tangerinas médias (maduras e amarelas)
2 litros de aguardente (pinga) de boa qualidade
3 litros de água filtrada (2 para a maceração e 1 para a calda)
2 kg de açúcar cristal ou refinado
10 grs de canela em rama
10 cravos da índia


Variações de frutas cítricas na receita:
Esta receita pode usada para fazer outros sabores de frutas cítricas (laranjas, mexericas, morgotes etc)
Substitua a fruta e proceda da mesma maneira nos passos
Modo de Fazer:
1 - Em um vidro de boca larga, coloque a pinga, 2 litros de água, a canela e o cravo
2 - Lave bem as tangerinas e com uma faca de ponta, faça +-30 furos em cada tangerina
3 - Coloque as tangerinas furadas e feche o vidro
4 - Atenção: Coloque o vidro num lugar com muita luz solar
5 - Deixe macerar por 8 dias ou mais
6 - Agite o vidro pelo menos 3 vezes por dia.
7 - Após a maceração, coe a mistura com um pano, espremendo as tangerinas. (reserve a mistura)
8 - Coloque o restante da água (1 litro) e o açúcar numa panela e leve ao fogo até formar uma calda média (não muito fina)
9 - Após esfriar a calda acrescente a mistura de tangerina, mexendo bem para dissolver tudo
10 - Coloque no vidro e deixe em repouso por 5 dias ou mais para a fermentação do açúcar. Mexa de vez em quando.
11 - Após estes dias, filtre a mistura em coador de papel.
12 - Engarrafe numa garrafa bonita e coloque uma etiqueta de identificação
13 - Deixe descansar por 30 dias para apurar o sabor.


E está pronto para servir gelado ou ao natural.

Licores


Licores

1 – Breve resenha histórica
O termo licor vem do latim liquifacere, que significa liquefazer, dissolver, desfazer em líquido.
O licor não é apenas uma bebida colorida de frutas, de bonita cor e sabor que encanta aos olhos de qualquer um. Cada fórmula, cada receita, carrega uma intensa história onde não faltam segredos, mistérios e uma imensa dose de paciência e alquimia. Resultado desta paciência e alquimia tradicional, os mais finos e famosos licores têm as suas receitas preservadas por gerações. Existem registros históricos que demonstram que os povos antigos consumiam um tipo de bebida semelhante ao licor.
Sabe-se que desde as mais antigas civilizações, eram conhecidas as bebidas alcoólicas, já que frutas e sucos de frutas deixados em recipientes fermentavam espontaneamente, produzindo-se assim um líquido alcoólico.
A destilação da água com líquidos aromáticos é conhecida desde a antiguidade. Pensadores como Hipócrates, Galeno, Plínio, escreveram sobre o assunto. Mas somente em 900 a.C. os árabes inventaram a produção de álcool por meio da fermentação.
A produção de licores aconteceu depois. No início, só adocicavam alcoóis aos quais, grosseiramente, adicionavam xaropes e ervas (estas tanto para dar gosto, quanto para fins terapêuticos).
Na Idade Média, o vinho (e mais tarde o álcool), era o principal anti-séptico; mas as plantas, raízes e ervas eram pesquisadas pelos monges para a cura de várias doenças. Os alquimistas levaram tais pesquisas adiante.
Registros apontam Arnauld de Villeneuve ou Arnaldus de Villanova (em Catalão) nascido em 1238, como o inventor das tinturas modernas das quais, as virtudes das ervas, são extraídas pelo álcool. Este sábio foi o primeiro a escrever o tratado sobre o álcool e a divulgar receitas de licores curativos. Villeneuve enfrentou problemas com a inquisição pelas suas idéias avançadas. Mas ao salvar o Papa Bonifácio VIII de uma doença dolorosa, livrou-se da morte.
Quando a peste negra (nome por que ficou conhecida a peste bubônica) se espalhou pela Europa em meados do séc. XIV, os licores associados a bálsamos vegetais e tônicos, tornaram-se medicamentos preciosos.
Além da aguardente de vinho, outros alcoóis eram utilizados para fazer licores, tais como o rum por exemplo. Era comum a fabricação doméstica de licores e a sua utilização na cozinha e confeitaria. Devido à sua doçura, eram muito usados em bolos de creme e sobremesas. Eram muito usados também como produtos medicinais especialmente nos problemas de estômago.
Na época medieval, os famosos cozinheiros de então, usavam os licores como aromatizantes, para disfarçar o cheiro das carnes em mau estado e também de alguns vegetais.

2 – Conceito
Licor é uma bebida alcoólica doce, geralmente misturada com frutas, flores, sementes, ervas, raízes, cascas de árvores ou ainda cremes.
A descrição mais comum de licor é a de uma bebida doce e de alto teor alcoólico.
Os licores não costumam ser envelhecidos por muito tempo; mas é bom que fiquem por algum tempo em repouso de maturação para que possam atingir o sabor ideal.

3 – De que são feitos os licores
Entram no fabrico de licores como aromatizantes os seguintes produtos:
Plantas – manjericão, hissopo, hortelã, erva-cidreira, alecrim, príncipe, etc.;
Flores – camomila, alfazema, alecrim, rosa, laranjeira, etc.;
Frutos – banana, maracujá, morango, laranja, tangerina, medronho, cereja, groselha, melão, tâmara, pêssego, kiwi, pêra, apricot, amêndoa, avelã, jabuticaba, tamarindo, jenipapo, acerola, pitanga, abacaxi, etc.;
Raízes – gengibre, angélica, aipo, genciana, cenoura, etc.;
Cascas de árvore – canela, quina, sândalo, etc.;
Sementes – anis, damasco, café, cacau, zimbro, pimenta, avelãs, nozes, baunilha, etc.;Açúcar – açúcar de cana, beterraba, mel e sumo de uvas concentrado.

Curso de Licores

Os licores classificam-se da seguinte forma:
1 – Ordinário;
2 – Fino;
3 – Extrafino;
4 – Finíssimo.
De ter em conta que o licor finíssimo tem cerca de 50% de açúcar.
Consoante a variedade de produtos com que são fabricados a ordem pode ser estabelecida deste modo:
a – Licores à base de plantas;
b – licores à base de frutos;
c – licores à base de essências;
d – licores à base de natas – este grupo de licores é recente, assim como o aparecimento dos “cream liqueurs”. Fazem deste grupo, por exemplo, o Bailey’s, o Carolan’s, o Emmets e o Royal Tara entre outros.

Métodos
Quanto ao método de fabrico agrupamos os licores do seguinte modo:
a – por destilação – licores à base de plantas;
b – por infusão maceração – licores à base ervas e frutos;
c – por extratos ou essências;
d – por adição de natas (cream liqueurs).
Os métodos de fabrico podem ser a quente ou a frio.
Destilação
Pode ser usada a destilação por álcool ou por água.
Destilação por álcool:
É um processo normalmente executado num pequeno alambique de cobre. O agente aromático é embebido em álcool por algumas horas e posteriormente colocado no alambique onde lhe é adicionado o álcool.
Desta destilação, apenas uma parte do licor é aproveitada; voltando o resto a ser redestilado numa nova jornada.
Destilação por água:
Este método é usado para ervas e flores muito delicadas. São embebidas em água e só depois se procede à sua destilação suave em alambique. Este procedimento permite preservar os aromas. A esta água destilada e  aromática, junta-se posteriormente álcool puro (espirituoso).
Por este processo, são fabricados alguns dos mais famosos licores existentes no mercado.

Infusão/maceração
O processo de infusão pode ser a frio ou a quente. Quando é feito a frio as frutas são esmagadas e colocadas num recipiente com água fria por um período que pode ir até um ano. Após este período, o líquido é filtrado e adicionado a álcool.
As fases deste processo de fabrico são as seguintes:
a – homogeneização;
b – repouso;
c – refrigeração;
d – filtragem;
e – engarrafamento. 

Legislação Brasileira
Decreto nº 2314, de 4 de Setembro de 1997
“Licor é uma bebida com graduação alcoólica de 15 a 54 por cento de volume, a 20º C e um percentual de açúcar superior a 30 gramas por litro, elaborado com álcool etílico potável de origem agrícola, ou destilado alcoólico simples de origem agrícola ou bebidas alcoólicas, adicionado de extrato ou substâncias de origem vegetal, animal, substâncias aromatizantes, corantes e outros aditivos permitidos em ato administrativo complementar.”

Tudo sobre o feitio de licores

O licor é uma bebida apreciada e de fácil preparação. É uma bebida mágica, desde sua origem até os dias atuais. De tudo que se fala a respeito, não sabemos onde fica o limite entre a verdade e a fantasia. Na Itália, na Idade Média, era costume plantar uma árvore de nozes quando nascia uma menina. O crescimento desta e também da árvore eram acompanhados com carinho pelos familiares. E quando a menina atingia a idade adulta e ia casar-se, a árvore era cortada e de sua madeira fazia-se o leite nupcial. Dos frutos dessa árvore, era feito um licor chamado "Nocello", conhecido hoje, em todo o mundo. Mas, no meio de tanta lenda, a verdade é que um licor é sempre muito apreciado em reuniões em casa, com amigos e familiares e dá um toque de calor humano a um bate-papo informal.

O que você deve ter, para preparar licores caseiros?
  • colher de pau
  • peneiras plásticas
  • panelas
  • funil
  • rolhas novas
  • garrafas claras e escuras
  • papel-filtro, com o devido suporte
  • potes de vidro, cerâmica ou louça, de boca larga e com tampa
  • recipiente graduado para medição de líquidos
  • balança
  • tecido (morim e flanela) para filtragem
  • algodão comum
  • panos de prato para enxugar as frutas
Não utilize recipientes que não tenham sido muito bem lavados e enxaguados e por fim passados por água fervente e escorridos sobre panos esterilizados. Os panos de prato, destinados à enxugar e à filtragem dos licores, terão que ser lavados sem sabão, fervidos e, por fim, secos de preferência com o ferro de passar. As rolhas mesmo sendo novas, têm que ser fervidas e secas. Enfim, tudo deve ser esterilizado, inclusive suas mãos e o local de trabalho devem ser higienizados com álcool, antes de começar o preparo.

A base do licor caseiro é o álcool de cereais, a água e o açúcar. Quanto ao seu sabor, pode ser determinado por frutas, ervas secas ou frescas, algumas flores, especiarias, sementes, caroços e cascas de frutas ou essências e folhas de árvore frutíferas. A base do licor caseiro é a anilina.

O principal ingrediente dos licores é o álcool de cereais, que não pode ser substituído, em hipótese alguma, pelo álcool comum. Este produto é encontrado em farmácias ou drogarias e, geralmente, vem com um teor de 93,8 ou 96,0 graus. O álcool de cereais é geralmente destilado do milho, arroz ou da batata. É incolor e quase inodoro. Deve haver equilíbrio entre aroma, graduação alcoólica e açúcar, para a obtenção de um bom licor.

Após o envelhecimento, alguns licores perdem um pouco do álcool, que muitas vezes é assimilado pela fruta em infusão, ou devido ao ar, à luz e ao calor.
Portanto, quem pretende obter sucesso com a produção de licores caseiros precisa aprender a adequar o seu produto a esses agentes.

Em algumas receitas, ao invés de álcool, indica-se aguardente, conhaque, uísque ou vodka. Nesses casos, há alteração no sabor, mas, sendo a receita bem balanceada, a surpresa pode ser muito agradável.

Importante: Cuidado ao adicionar o álcool ao xarope "ainda quente", como pedem algumas receitas. Essa adição deve ser feita aos cálices e vagarosamente, pois, no momento em que o álcool toca o xarope, este levanta fervura novamente. Espere que a fervura diminua e adicione outro tanto de álcool. Se a adição for feita de uma só vez, a mistura poderá pegar fogo. Ao lidar com álcool, é preciso ter em mente que o litro deve ficar sempre bem longe da chama e do fogo, ou seja, das altas temperaturas.

A água: A água ideal para um licor perfeito é a destilada por ser quimicamente pura e, portanto, límpida, inodora e insípida. Algumas pessoas usam água filtrada e fervida (tem que ser pura quimicamente). Neste caso, após a fervura, a água deve ser agitada para a recuperação do oxigênio perdido. Se isso não for feito, o licor ficará com sabor, aroma e transparência alteradas. Procede-se assim: coloca-se a água, após esfriar, em recipiente fechado, agitando-o por algum tempo.

O açúcar: O açúcar utilizado nos licores é o refinado, obtido da cana-de-açúcar (evite usar açúcar úmido ou de pacote aberto há muito tempo). No caso de licores cristalizados, o ideal é o açúcar cristal fino Doçucar.

Frutas: Para conferir melhor sabor, as frutas utilizadas no preparo do licor devem estar maduras e perfeitamente íntegras. É preciso lavá-las bem, mas sem recorrer ao uso do sabão, apenas com abundância de água, para retirada dos vestígios de agrotóxicos que porventura elas possam conter. A seguir, deve ser secas com panos apropriados, como recomendado anteriormente.


Fases de preparo

O preparo de licores caseiros passa por cinco fases:

Maceração
Xarope ou calda básica
Filtragem
Engarrafamento
Envelhecimento

Vejamos o que é preciso fazer em cada uma delas.

Maceração Macerar é uma operação que consistem em mergulhar determinada substância sólida num líquido, para que este se impregne dos princípios solúveis daquela substância. No caso do licor, a maceração é feita colocando-se as frutas, ervas, caroços ou cascas no álcool de cereais, ou em aguardente, uísque, conhaque, etc., deixando-os por tempo suficiente para que se desprendam o aroma e o sabor, isto é, os princípios mais ativos dessas substâncias. É importante lembrar que, quanto maior for o tempo de maceração, mais saboroso ficará o licor. E aqui cabe uma recomendação nossa para quem vai se dedicar a essa produção: conservar sempre em maceração vários tipos de frutas da época, dentro de potes de vidro, louça ou cerâmica revestida, muto bem tampados. Esses potes devem ficar armazenados em local seco e escuro por três meses pelo menos.

Xarope ou calda básica
Nada mais é que a mistura da água como açúcar, que, levada ao fogo, formará uma calda. Essa calda, posteriormente, adiciona-se a outros ingredientes.
A consistência do licor depende do xarope. Querendo-se um licor mais ralo, deixa-se a calda menos tempo no fogo; para se obter um licor mais encorpado, a calda deve apurar mais. É preciso tomar cuidado para não cristalizar o licor. Para evitar isso, obedeça sempre o tempo que consta nas receitas, quanto à permanência dessa calda no fogo, pelo menos até adquirir prática.
Para preparar esse xarope, basta adicionar água ao açúcar, misturar bem e então levar ao fogo sem mexer. Ao levantar fervura (em chama média) comece a contar o tempo indicado na receita. A média de tempo é 20 minutos.

Filtragem
A filtragem pode ser feita com flanela ou papéis tipo filtro, dependendo da indicação da receita. Também se pode coar em peneira, conforme o caso, forrada com lenços de morim ou algodão hidrófilo. (Na prática, você vai perceber o porquê dessa variação). Apenas os licores feitos com essências não são filtrados.

Engarrafamento
Para engarrafar um licor, é necessário esterilizar muito bem as garrafas e rolhas, mesmo que sejam novas. No caso de a receita estabelecer que o licor fique envelhecendo por algum tempo, utilize garrafas escuras, primeiramente, transferindo-o para garrafas claras só depois do período determinado.
Essa passagem de uma garrafa para outra fica a seu critério, pois é feita apenas para salientar a cor do licor. No caso de comercialização, é interessante, pois a garrafa clara chama mais a atenção.

Envelhecimento
O tempo de envelhecimento necessário para a bebida adquirir melhor sabor e aroma é de pelo menos três meses, mas alguns licores, como por exemplo os cremosos, podem ser degustados em tempo mais reduzidos. Para envelhecer, coloque o licor pronto, já com o corante, em garrafas escuras, para que não haja infiltração de luz. Guarde-as em local escuro e seco, de onde não serão removidos nem tocados nesse tempo de armazenamento. Pode-se arranjar uma prateleira, coberta por uma cortina escura, e depositá-los já etiquetados nesse local, ou então guardá-los em armário. É importante que não haja umidade.



Essências naturais
As essências estão hoje em toda parte: sorvetes, alimentos industrializados, bolos, recheios de tortas, biscoitos. Essas gotas mágicas têm o poder de transformar o sabor dos alimentos e estão à venda em farmácias e supermercados, ou lojas de artigos para festas (Bazar do Valter). Mesmo assim, vamos ensinar a produzir, por um processo artesanal, essências naturais que serão utilizadas com sucesso nos licores.

Essências obtidas de caroços
Vá guardando caroços de pêssego, damasco, ameixa fresca, ameixa seca, cereja. Quando tiver uma quantidade razoável de cada tipo (de 30 a 40), quebre-os com cuidado, para não ferir a amêndoa neles contida, e coloque-os separadamente em vidros, com uma quantidade de álcool de cereais suficiente para cobrir esses caroços. Deixe-os macerando até que necessite utilizá-los (conservam-se por anos). No caso dos caroços de ameixas e damascos, a essência será apropriada para licor tipo Amaretto (o sabor é semelhante ao de amêndoas). Com os caroços de pêssego, você fará licor de pêssego.

Essência de laranja-pêra
Coloque álcool de cereais em um vidro (até um pouco menos da metade da capacidade do vidro). Amarre como um trouxinha (com fio de náilon) a casca da laranja-pêra, deixando a ponta do fio presa na tampa, de maneira que a trouxinha fique pendurada a uma distância de três dedos do álcool. Feche muito bem o vidro e deixe macerar. Não há limite de tempo para a maceração. Com a essência, você poderá fazer um licor que imita o Cointreau.

Essência de mexerica ou carioquinha
Procede-se da mesma forma ensinada para o licor de laranja-pêra. Com essa essência, você poderá fazer um licor que imita o Mandarino.

Essência de maçãs secas
Seque ao sol cascas de maçã. Quando estiverem bem secas, isto é, tiverem enrugado e mudado de cor, coloque-as num vidro e cubra com álcool de cereais. Feche muito bem e deixe macerar sem limite de tempo. Antes de utilizar, coe com um coador plástico, para retirar as partículas que se desprenderem da casca, e depois filtre, passando pelo morim.

Essência de laranja
Procede-se do mesmo modo ensinado para as maçãs secas. Coe e filtre, ao utilizar.

Essência de menta
Lave e enxugue muito bem algumas folhas de hortelã. Coloque-as em um vidro e cubra com álcool de cereais. Deixe macerando, sem limite de tempo. Ao utilizar, coe e filtre.

Essência de anis
Adquira anis-estrelado. Coloque-o em um vidro e cubra com álcool de cereais, onde poderá ficar macerando sem limite de tempo. Ao utilizar, coe e filtre.

Essência de anis (II)
De forma mais econômica, você pode obter uma essência com sabor semelhante ao anis, colocando sementes de erva-doce em um vidro com álcool de cereais, e deixando macerar pelo tempo que quiser. Ao utilizar, coe e filtre. Neste caso, para imitar mais o gosto do anis, pingue doas gotas de essência artificial. A coagem desse licor deve ser feita em flanela e a filtragem em papel revestido de algodão.

Essência de figo
Depois de lavar bem as folhas de fico, coloque-as em um vidro, cobertas com álcool de cereais. Deixe macerando por tempo indeterminado. Ao utilizar, coe e filtre.




Licores Cremosos

A durabilidade dos licores cremosos é limitada e sujeita às condições do clima. Em lugares mais quentes, pode-se conservá-los por cinco ou seis meses apenas. Por essa razão, embora não seja indicado servir licores gelados, para um prazo de validade maior, recomenda-se deixá-los em geladeira. Seu preparo é normalmente simples, resumindo-se em bater os ingredientes no liquidificador.

No caso de não encontrar o álcool de cereais de 40 graus ou de 60 graus, como pedem algumas receitas, você pode preparar garrafas com teor de álcool reduzido, adicionando água mineral de acordo com as proporções da tabela a seguir:


Redução de álcool de 96 graus para: Quantidade de água mineral adicionada por litro de álcool
40 graus 1.400 ml
60 graus 600 ml
80 graus 200 ml


Algumas regras para servir o licor


Existem algumas regras de etiqueta para se servir licores, mas, quando caseiros, elas são mais flexíveis. De qualquer forma, alguns cuidados são exigidos.
Os licores devem ser servidos em cálices apropriados, pequenos, de vidro ou cristal. Os modelos podem variar.
Os cálices jamais podem ser preenchidos até a borda.
Os licores são usualmente servidos após o jantar em temperatura ambiente, acompanhados de bombons e biscoitinhos.

No caso de licores serem adicionados à coquetéis, isto é, misturados a outras bebidas alcoólicas, sua dose deve ser pequena, servindo apenas para:
- adoçar a bebida;
- dar cor ao coquetel;
- emprestar-lhe um toque diferente de sabor.

Isto significa que nunca o licor será a bebida principal do coquetel.

O licor

Licor é uma bebida alcoólica adocicada, caracterizada pela
elevada proporção de açúcar misturado a álcool, e aromatizada
por essências, frutas, raízes, sementes, ervas, flores e até cascas
de vegetais, in natura ou desidratadas, que servem também para
definir o sabor. Um licor é, portanto, constituído basicamente de
três ingredientes – álcool, xarope de açúcar e aromatizante –,
podendo, em alguns casos, lhe ser adicionado um corante. 


Licores são bebidas muito saborosas, com propriedades digestivas, estimulantes e reconstituintes. Podem ser servidos como bebida cordial, ou seja, para agradar os visitantes, ou como aperitivo, servido antes da refeição para estimular o apetite, ou ainda como digestivo, após as refeições.


A origem mais provável do licor é atribuída a poções caseiras e
a xaropes de ervas e de frutas preparados por velhas senhoras
do povo, seguindo antigas receitas familiares, que passavam de
geração a geração, com o objetivo de curar pequenos males.
Essas preparações resultavam em bebidas adocicadas, muito
saborosas e, por vezes, coloridas que, se não curavam os
doentes, pelo menos os reconfortavam e os deixavam felizes
por uns momentos.


Existem muitas maneiras de preparar um licor. As técnicas
foram, durante muitos anos, formuladas artesanalmente, como
faziam nossos avós, até serem produzidas em escala industrial, por 10 processos tecnologicamente sofisticados. 


Muitas formulações de licores, alguns mundialmente famosos, são mantidas em segredo, sob o domínio exclusivo de seu fabricante. Embora não existam regras rígidas para o preparo de licores de frutas, em geral, o processo está baseado na maceração ou na infusão de frutas em álcool potável, ou na destilação de macerados aromáticos com base de frutas. Há de se considerar que, na elaboração de licores, a qualidade do produto final depende não só das matérias-primas empregadas, mas também do processo de preparação.


Considerando que os principais atrativos das frutas são cor,
aroma, sabor, vitaminas e minerais, deve-se, ao preparar um
licor à base de frutas, ter o cuidado de preservar esses atributos
e substâncias, de modo que o consumidor possa imediatamente
associá-lo à fruta com a qual foi preparado.


Este manual procura orientar produtores rurais, agricultores
familiares, microempresários e demais interessados na arte de
produzir licores de qualidade, proporcionando-lhes, ademais,
oportunidade para agregar valor a seus produtos agrícolas, reduzir perdas pós-colheita e, conseqüentemente, aumentar suas
rendas. Serão descritas as etapas do processo e relacionados
os principais equipamentos e utensílios utilizados. Serão apresentados, também, os procedimentos para as boas práticas de processamento e de higiene numa unidade de produção.